Lori queria ser cantora, mas foi dançando samba e ritmos latinos que ela encontrou meios de sobreviver com a filha pequena nos EUA. O show lotava o mais famoso espeto corrido de Miami dos anos 1990, a fila dobrava o quarteirão. O Brasil vivia as agruras do Plano Collor -  estar nos EUA era a esperança de dar certo na vida. Na porta do restaurante, uma estátua de Lori em tamanho natural vestida de plumas e biquíni de lantejoulas representava o auge do sucesso. Até que uma briga com o empresário a derrubou do salto e fez o sonho americano parecer uma miragem. A bailarina brasileira voltou a ser apenas mais uma imigrante ilegal. Uma proposta de um visto de trabalho para coreografar o palco de um navio cassino surgiu como salvação, mas se transformou num grande pesadelo. Lori embarcou para as Bahamas numa viagem de bate e volta que não teria mais fim. Impedida de voltar, estava agora diante do impensável: precisava recuperar Jade, a filha de 6 anos que esperava pela mãe em Miami.