“Meu Bebê Reborn” aborda o mundo dos bebês hiper-realistas

A Sambaqui Cultural disponibilizou aberto na íntegra o telefilme Meu Bebê Reborn, lançado em 2018, como parte das ações promocionais para o lançamento do longa Proibido Nascer no Paraíso, que encerra a Trilogia da Maternidade da diretora Joana Nin. O documentário segue como uma linha…

A Sambaqui Cultural disponibilizou aberto na íntegra o telefilme Meu Bebê Reborn, lançado em 2018, como parte das ações promocionais para o lançamento do longa Proibido Nascer no Paraíso, que encerra a Trilogia da Maternidade da diretora Joana Nin. O documentário segue como uma linha de produção, todo o processo de fabricação, industrial e artesanal, que dá aos bonecos feições hiper-realistas. O filme está aberto no site da produtora até o começo de maio.

BEBÊS REBORN

Bebês Reborn (do inglês “renascido”) são bonecas feitas de vinil e tecido – algumas também de silicone – confeccionadas por “cegonhas”, nome dado aos artistas reborn. Elas (ou eles) customizam kits compostos por cabeça e membros, produzidos a partir de esculturas hiper-realistas. Alguns destes moldes que originam os ‘kits’ são produzidos como cópias fiéis de crianças de verdade, às vezes até por processo de escaneamento e reprodução. A proposta é que se pareçam o máximo possível com bebês reais. Depois eles precisam ser customizados, é aí que entram as “cegonhas”, ou artistas reborn. É um trabalho minucioso e personalizado, cada cegonha tem seu estilo. Este trabalho é valorizado entre as pessoas que admiram a arte com bonecas e pode atingir valores bem altos de venda, dependendo do caso.

COLEÇÃO

 

talita, colecionadora reborn

Talita Nativa – colecionadora

Se para algumas pessoas tudo isso parece assustador, para outras é motivo de orgulho e respeito. Talita Nativa, colecionadora de bebês reborn há muitos anos e participa do filme. Ela diz que “a iniciativa de fazer um documentário sobre esse assunto foi muito importante para quebrar estigmas porque existe um preconceito. As pessoas têm uma imagem pré-determinada de quem coleciona e confecciona os bebês reborn e o filme vem com esse lado muito positivo de mostrar as diversas faces e até explicar melhor para o público em geral sobre os bebês reborn”.

A diretora Joana Nin conta que também sofreu preconceito pela escolha do tema. “Por que devemos discriminar alguém que está apenas fazendo o que gosta, sem fazer mal a ninguém? Isso é apenas um julgamento moral e preconceituoso que as pessoas fazem dos outros”, defende Joana.

coleção de bebês reborn

Coleção de bebês reborn

A colecionadora Talita Nativa ficou feliz com o convite para participar do filme. Ela conta um pouco sobre a ansiedade para ver o produto finalizado: “foram vários dias de filmagem, criei uma expectativa grande para ver o que entraria ou não. Fiquei muito satisfeita com a forma como abordaram os aspectos dos colecionadores, sou uma admiradora, gosto de apreciar e acho incrível a arte de transformar um kit cru em uma obra de arte tão incrível”, finaliza.

SINOPSE – MEU BEBÊ REBORN

O nascimento de um bebê é um momento singular, e não é diferente para as mamães reborn, mas seus filhos são enviados por cegonhas. Esse é o nome dado às artesãs que customizam bonecas de vinil para se parecerem com bebês reais. A narrativa segue como uma linha de produção, passando por todo o processo de fabricação, industrial e artesanal, que dá aos bonecos feições hiper-realistas. E aborda os consumidores finais, colecionadores ou pessoas que adotam rotinas de cuidados, como as que dispensamos aos nossos filhos. Um filme sobre o puro e simples sentimento da maternidade – e o mercado que cresce ao seu redor.

O filme estará disponível aberto no site da Sambaqui Cultural até o início de maio.

TRILOGIA MATERNIDADE

Meu Bebê Reborn (2018), compõe a Trilogia da Maternidade junto com os documentários Ultra Bebê (2018) e Proibido Nascer no Paraíso, o longa que está em fase de lançamento. Os dois telefilmes já lançados estão disponíveis gratuitamente, até o lançamento do longa.